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A importância do arranjo para a música popular

Atualizado: 12 de mai. de 2020

Olá! Como vocês sabem, este é um blog para falar de acústica, música, arquitetura e como essas três disciplinas podem estar juntas. No post de hoje, eu vou falar um pouco sobre a história e a obra de um grande amigo, músico, maestro, compositor e professor de música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA-USP: Gilmar Roberto Jardim, conhecido como Gil Jardim.


Natural de Ourinhos, SP, Gil começou a estudar música (acordeon) em 1965, aos sete anos, por influência de seu pai. Aos dezesseis anos, graduou-se no Conservatório Musical Santa Cecília, em sua cidade natal.


Em 1977, Gil ingressou no curso de regência do Departamento de Música da ECA-USP. Como flautista, integrou o grupo Papavento, no início da década de 1980 e, com ele, gravou o disco intitulado ‘Aurora Dórica’, pelo selo Carmo de Egberto Gismonti.

Naquela época (início dos anos 1980), eu estudava na Fundação das Artes de São Caetano do Sul e tinha aulas de contrabaixo com Gérson Frutuoso, que era justamente o contrabaixista do Papavento. Conheci Gil ao assistir a um show do grupo na FUNARTE, aqui em São Paulo. E só viemos a nos reencontrar mais ou menos trinta anos depois, na USP.


Ainda nos anos 1980, Gil também trabalhou com profissionais como Arrigo Barnabé, Tetê Espíndola, Passoca e Vânia Bastos. Transitando entre a música erudita, a música instrumental e a MPB, produziu composições, arranjos e atuou como maestro em turnês pelo Brasil e pelo mundo, em trabalhos com músicos como Milton Nascimento, Naná Vasconcelos, César Camargo Mariano, Ivan Lins, Leila Pinheiro, Egberto Gismonti e, mais recentemente, com Lenine e Hamilton de Holanda.


Como maestro, Gil dirigiu boa parte das grandes orquestras brasileiras: Orquestra Municipal de São Paulo, Orquestra de Câmara da OSESP, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica do Teatro Claudio Santoro, Orquestra Sinfônica do Recife, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica de Campinas, Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.


No exterior, dirigiu orquestras como a Brooklyn Academy of Music Symphony Orchestra (Nova Iorque), a Royal Philarmonic Concert Orchestra (Londres), a Camerata Mexicana (México), a Orquestra Regionalle del Lazio (Roma) e Orquestra de Camara Mayo (Buenos Aires).


Desde 2001, Gil Jardim é o Diretor Artístico e o Regente Titular da Orquestra de Câmara da USP (OCAM). Nas temporadas anuais da OCAM tem tido solistas e regentes consagrados como convidados, a exemplo de Gilberto Tinetti, Celine Imbert, Cláudio Cruz, Carmelo de los Santos, Pablo Mainetti, Gianluca Littera, Eduardo Monteiro, Olivier Toni, Claudia Riccitelli, Aylton Escobar, Benjamin Zander, Kirk Trevor, Peter Zasowisk, Alex Klein, Eduardo Fernandez, entre outros.


Em 2005 defendeu sua tese de livre docência, intitulada “Proposta de Edição Critica das Bachianas Brasileiras nº 7’, de Heitor Villa-Lobos. Nesse mesmo ano lançou o livro ‘O Estilo Antropofágico de Heitor Villa-Lobos”, gravou e lançou o CD ‘Villa-Lobos em Paris’ que, em 2006, foi contemplado com dois prêmios: o Diapason D'Or e o ‘Prime de Cultura' da revista Bravo.


Entre 2006 e 2009, foi chefe do Departamento de Música da ECA-USP, período em que realizou vários Festivais Internacionais como o ‘Percussivo USP 2008’ (percussão contemporânea), o ‘Ex Toto Corde’ (Festival Internacional de Cordas) e as três edições do ‘Festival de Violão Leo Brouwer’, que tiveram a presença do compositor cubano no Brasil. Na última edição, em 2011, estiveram presentes Manuel Barreco, Shin Ich Fukuda, Marcelo de La Puebla, Eduardo Fernandes, Paulo Belinati, Cristina Azuma, Hamilton de Holanda, Duo Siqueira Lima, Yamandu Costa, além de outros consagrados violonistas.


Em 2008, realizou uma tournée pelos Estados Unidos, com a Orquestra Philarmonia Brasileira, a convite da Columbia Artists Management Inc.(CAMI), tendo um dos mais renomados saxofonistas americanos da atualidade como solista: Branford Marsalis. A maior tournée de uma orquestra brasileira em território norte americano (40 dias e 27 concertos), intitulada ‘Marsalis Brasilianos’, teve seu repertório montado com obras de Villa-Lobos e Darius Milhaud, sob a regência do Maestro Gil Jardim.


Para saber mais sobre o trabalho de Gil Jardim, um dos profissionais de música mais importantes e atuantes, hoje, no Brasil, veja também:

Links

Discografia

· Aurora Dórica - Papavento - (1984 - Selo Carmo)

· Soprador de Vidro - (1998 - Selo Núcleo Contemporâneo)

· Villa-Lobos em Paris - (2005 - Selo Philarmonia Brasileira)


Literatura · O Estilo Antropofágico de Heitor Villa-Lobos (2005)

· O quê foi feito de Villa (Revista USP - (2010)


Participações · Ex-Libres, como flautista (1981 – selo USP)

· Carmo Ano I (Papavento & Egberto Gismonti - 1985)

· Amigo - Milton Nascimento (arranjos e regência – 1994)

· Anjo de MimIvan Lins (arranjos e regência – 1995)

· Pixinguinha e Patapio SilvaAntonio Carrasqueira (regência – 1995)

· Rumos Culturais - Cello in Sampa (regência – 1999)

· ReencontroLeila Pinheiro (arranjos e regência – 2000)

· A cor do Pôr do SolIvan Lins (2000)

· Gil & Milton - Gilberto Gil e Milton Nascimento (arranjos e regência, 2000)

· Tom da Terra (arranjos e regência, 2002)

· Aos VivosChico César (arranjos e regência – 2003)

· Fruto – Heloisa Fernandes (direção musical – 2005)

· Cartas BrasileirasLéa Freire (arranjo e regência – 2006)

· Língua MãeNaná Vasconcelos (arranjos e regência – 2010)

· Sinfonia MonumentalHamilton de Holanda (arranjos e regência, 2010)

Eu espero que vocês gostem. E aproveitem para indicar este post a um amigo!

Link do vídeo no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=NeKJjHrVOFo



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